quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Participação Feminina: Queremos mais!

As desigualdades de gênero e raça perpassam pela pobreza, pela inserção desigual de homens e mulheres brancas e negras na educação e no mercado de trabalho, sendo verificado que o processo de desenvolvimento econômico brasileiro não foi capaz de universalizar benefícios a todas e todos.
A desigualdade salarial entre homens e mulheres, em todo o país contribui para o aumento do desemprego e da informalidade, entendendo-se que uma melhor distribuição de funções e salários melhoraria a vida de todos e todas na sociedade. Infelizmente o Brasil desenvolveu-se perpassando por desigualdades de gênero e raça e isso influencia em todas as áreas, principalmente na educação e política.
Na política a participação feminina ainda é insuficiente, visto o contingente de necessidades da sociedade com relação aos direitos das mulheres. No entanto, as mulheres tem conquistado autoconfiança e defendido seus direitos, sobretudo para exercer controle sobre suas relações sociais e pessoais e na luta pelo fim das desigualdades.
A participação feminina na divisão social do trabalho é um dos elementos-chave para o desenvolvimento humano com equidade de gênero. Reforça-se a necessidade de políticas públicas voltadas para a equidade de gênero e raça.
Com mais educação, reduzem-se as diferenças, a expectativa de vida torna-se maior, em conseqüência direta da redução do numero de mortalidades. Busca-se a equidade na educação. Desníveis educacionais entre homens e mulheres são capazes de ter efeitos na capacidade de comunicação e na resolução de conflitos entre os gêneros.
A violência de gênero ainda está muito presente nas relações entre homens e mulheres, principalmente nas relações domésticas e familiares, políticas públicas tem sido conquistadas no sentido de dar cabo a essa violência e permitir a maior liberdade da mulher no seio da sociedade.
Os programas sociais que visam diminuir a relação de existente entre pobreza, raça e gênero ainda necessitam passar por uma reformulação que atenda as necessidades de participação social das pessoas por eles atendidos: mercado de trabalho, educação, saúde e previdência social, para assim ter-se uma sociedade justa e igualitária e que sobretudo respeite-se mutuamente.
Na educação ainda há a divisão do trabalho por gênero, apesar de em alguns casos não ser tão relevante. Nota-se que nas áreas de exatas há a predominância de homens e que estes são considerados mais competentes para tal área, diagnosticando um pré-conceito, portanto.
No entanto, há a predominância de mulheres, o que pode gerar desestímulo aos alunos do gênero masculino pela atividade profissional de ensinar, principalmente em séries iniciais.
Tal fator torna-se mais agravante ainda se considerarmos os relatos de abusos sofridos por alunas em vários estágios de formação por professores do gênero masculino. São necessárias políticas publicas para solucionar e/ou investigar essa problemática.
Por atuar em comunidade que a maioria dos alunos não convivem com seus pais biológicos, percebo que existe a necessidade de políticas que reafirmem o papel das mães para a educação dos filhos e filhas, verifico problemas de relacionamento que afetam de forma desastrosa o período de aprendizado de alunas e alunos que estão principalmente no período da pré-adolescencia, fase de maior ‘confusão’ de limites sociais, sexuais e de liberdade.

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